Os nomes da moda

As mães modernas que me desculpem, mas não consigo perceber os nomes da moda.
Os velhotes da minha terra é que se chamavam Guilherme, Afonso, Lourenço, Vasco e Henrique e quando oiço esses nomes, não consigo associar a crianças. Mesmo que os chamem de Gui, Afonsinho, Vasquinho ou Henriquinho (como ouvi esta semana).

Depois há os nomes betos, como Salvador, Tomás, Santiago, Bernardo e Martim. Parece-me que há uns anos estes nomes eram exclusivos das famílias ricas, mas agora alastraram-se a toda a população em geral e é giro ver as mães Cátias e Vanessas darem estes nomes aos filhos ou ouvir num centro comercial "Salvador, ou páras quieto ou levas na tromba!" dito por uma jovem que não se percebe bem se tem gel no cabelo ou se está apenas oleoso.
Por causa das coisas, as famílias de bem têm agora uma nova moda: a de acrescentar Maria ao nome. Então é ouvir chamar por Zé Maria, João Maria, Tomás Maria e já sabemos que vem aí uma criança com uma farta cabeleira e certamente de camisa e colete de marca.

É claro que gostos não se discutem, mas acho que o nome é para a vida, acompanha uma pessoa em todas as fases e por isso deve ser bem pensado e se possível que não traga alcunhas chatas na fase da adolescência.
Eu continuo a preferir os nomes do meu tempo, simples, bonitos e que se adequam a qualquer fase da vida.
As minhas preferências são Tiago, Miguel, João, Pedro, Diogo, André, e por aí fora... O meu filho vai ter um destes nomes e, pelo que vejo à minha volta, não é um nome da moda.